(Publicada no Jornal O Diário da Encosta da Serra)
Quando vi a tabela do Brasileirão, lá no fim do mês de abril, início de maio, imaginei (leia-se sonhei) que pudéssemos ter uma decisão do maior campeonato de futebol do mundo, disputada entre Inter e Grêmio, ainda por cima, no Beira-Rio. A tabela propiciava isso, nossos clubes, infelizmente, não corresponderam. Aliás, corrigindo, para que os colorados roxos não me apedrejem, eles, os imortais (fantasmas), não tiveram fôlego e, no máximo, tentarão estragar a nossa festa, dia 4 de dezembro.
Decisão II
Eu preferiria que a decisão acontecesse no Gre-Nal. Melhor ainda se eles tivessem a real possibilidade de chegar ao título. Já imaginaram que maravilha, na última rodada do Brasileirão, o nosso clássico, o maior do país, valendo o título? É! Seria “mara”! Mas falta muito para o time da Azenha nos acompanhar. Assim, a decisão foi antecipada e teremos, agora, no domingo, o confronto que poderá apontar o campeão da temporada. O Corinthians tem alguma vantagem (Alguma, não: muitas!), a começar pelos números na tabela de classificação, passando pela qualidade do time do Parque São Jorge, até as escorregadas das arbitragens, que sempre se dão a favor do Timão.
Decisão III
Desde que passamos pelo Barcelona, do Ronaldinho (aquele que não quis voltar pra Azenha no início do ano), temos desperdiçado oportunidades em cima de oportunidades. A minha expectativa é que, principalmente, a direção colorada tenha aprendido a lição e que no domingo, o time entre em campo sabendo que se trata, realmente, de uma decisão. Jogando em casa, sem se achar o “campeão de tudo”, com apoio da torcida, podemos vencer o Corinthians, passando por cima da mídia, da arbitragem e de tudo mais que possa vir. Com esses três pontos, o Inter seguirá vivo na competição, não por uma vaga na Libertadores, mas sim pelo título do Brasileirão. Tá mais do que na hora de levantarmos o caneco nacional novamente.
O retorno
Sem ataque (e isso não é nenhum ataque ao Jô), o Inter tem o maior número de gols marcados no Brasileirão. Imagina o que esse time poderá fazer nessas rodadas finais, com o retorno do Leandro Damião. Por isso, volto a insistir: é hora de colocar os pés no chão, seguir o exemplo “varzeano” do próprio Damião (não tem bola perdida) e brigar com unhas e dentes. Temos tradição, temos estrutura e temos plantel qualificado. Vamos à luta.
Ronaldinho
Não gosto dessas provocações, mas o profissionalismo me faz mencionar o caso Ronaldinho. Enquanto no Beira-Rio nos preparamos para mais uma decisão, na Azenha eles se preparam para descarregar as suas mágoas contra o Ronaldinho. Serão dois domingos com todos os holofotes voltados para Porto Alegre. No primeiro, porque estará em campo aquele que levantará a taça no final do ano; no segundo, pelas ameaças, lamentáveis, que têm sido feitas ao jogador que, talvez por ser colorado, ou por preferir as praias cariocas, tenha se negado a retornar ao clube de origem e, logo ali adiante, jogar no banhado da Humaitá.
Arena
Ao referir-me à Arena Tricolor como banhado da Humaitá, não posso esquecer que a obra, que segue a toque de caixa, vai mudar a paisagem de Porto Alegre. E isso também me faz pensar que a diretoria “Campeã de tudo” continua enrolada e nada se resolve sobre as reformas do Beira-Rio.
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