sexta-feira, 25 de julho de 2014

Negando ou seguindo a Cristo?

O Jesus histórico, conforme os relatos bíblicos, afrontava os poderosos, denunciava a corrupção, defendia os órfãos e as viúvas. Retidão e justiça social estavam entre as suas propostas. Ele cobrava de seus seguidores a mesma postura, sem lhes prometer vida fácil, riqueza, poder. Jesus defendia a vida plena, não apenas a seus amigos, mas para toda a humanidade.

Essa postura arrojada, que afrontava os interesses daqueles que se beneficiavam da miséria do povo, levaram Jesus a morte, e morte na cruz. Pedro temia ter a mesma sorte do seu mestre e por isso, embora fosse um homem corajoso, negou que tivesse qualquer envolvimento com Ele.
Certamente o arrependimento de Judas Iscariotes aconteceu por que ele sabia que Jesus era inocente, mas o entregou às autoridades por ganância. Afinal, o Mestre não lhe prometia nenhuma mordomia para segui-Lo.

Leia Mateus 27: 1-10, recomendado para esta sexta-feira, e reflita sobre sua relação Jesus. Será que, de fato, o você segue o Cristo, combatendo a injustiça, a desigualdade, ou está interessado nas moedas que Ele pode lhe render?

As demais leituras bíblicas recomendadas para esta sexta-feira são:
Salmo 40, 54 ou 51
Josué 9: 22-10:15
Romanos 15: 14-24

Para orar, como o próprio Cristo ensinou:
"Pai nosso, que estás nos céus, Santificado seja o teu Nome, venha o teu Reino, seja feita a tua vontade (não a minha), assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação (pela riqueza, pelo poder), mas livra-nos do mal. Pois teu é o Reino, o poder e glória para sempre. Amém."

terça-feira, 8 de julho de 2014

Pagamos o preço por endeusarmos um jogador



Chora Oscar. Foste uma das grandes vítimas desse arremedo de seleção que, com o aval da grande mídia, achou que futebol se ganha com um craque. Venho dizendo, desde antes da Copa, que futebol é coletivo. Se tivéssemos levado isso em conta, hoje nosso querido Oscar choraria de alegria, pois teria sido um dos melhores da competição.
Pagamos o preço por endeusarmos um jogador. Oscar e outros bons atletas foram sacrificados e passaram por um vexame histórico provocado por “entendidos” do futebol que não sabemos que interesses defendem. Não somos os melhores do futebol, faz muito tempo. Sabem por que? Porque precisamos colocar cada coisa no seu devido lugar.
Chega de iludirmos o povo, precisamos orientar as pessoas e ajudá-las a pensar por suas próprias cabeças. Chega de criarmos os reizinhos e salvadores da pátria. Teve sorte o Neymar por ter saído de campo lesionado e ficado fora da semifinal. Ou você acha que ele teria mudado o resultado do jogo? Que o vexame desta terça-feira sirva para tirarmos lições e aprendermos a valorizar aquilo que realmente deve ser valorizado.  

domingo, 6 de julho de 2014

Agora tudo depende do coletivo

Eu queria ver a Seleção Brasileira jogando sem o Neymar, de forma coletiva. Escrevi isso na véspera do jogo de estreia da Copa do Mundo. Obviamente, eu não queria que o garoto deixasse o time da forma como deixou. Aliás, eu queria, apenas, que ele fosse tratado e escalado como qualquer um dos outros 22 jogadores convocados, sem privilégios, sem concessões, cumprindo função tática e jogando primeiro para o time, depois para a torcida e, muito depois, para um poderoso setor da Imprensa que parece cego.
Tomara que não seja tarde e que todo o estardalhaço feito pela grande mídia não tenha afetado o grupo de jogadores da seleção. Acredito no potencial de atletas como Davi Luis, Oscar, Marcelo e Willian. E tenho a convicção de que, se não foi afetado por todo esse barulho feito com a lesão do Neymar, Oscar deverá render muito mais e calar a boca de muitos "entendidos" que só conseguiam ver os dribles, muitas vezes desnecessários, do camisa 10 brasileiro.

Depois do que aconteceu contra a Colômbia, fico na torcida para que o Neymar se recupere logo e não fique com nenhuma sequela pela lesão. Torço também que o fanatismo cego fique apenas com uma minoria de torcedores e que, principalmente, aqueles que são formadores de opinião assistam os jogos com olhos mais profissionais e não cometam tantos desatinos, pois eles afetam quase toda a população brasileiro.

Dizer que Fernandinho, ou qualquer outro brasileiro, tem raça, quando atropela um adversário de forma desproporcional e dizer que um colombino é assassino por atingir o Neymar, não me parece uma coisa sadia, que deva ser repassada para 200 milhões de brasileiros que torcem, como eu, pelo Hexa.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Eu na Copa do Mundo 2014

Com minha amada, mãe dos meus filhos, Selma Strello
Estou acompanhando a Copa do Mundo não como jornalista, nem como fanático pelo Brasil, mas sim com a visão crítica que o Jornalismo me ajudou a desenvolver e com visão humanitária que a Teologia e a formação cristã me moldaram. Não fui ao Estádio Beira Rio, mas estive em Porto Alegre em dois dias de jogos: no domingo, dia 22 de junho, quando a Argélia fez 4 a 2 na Coreia do Sul; e na quarta-feira, dia 25, quando a Argentina venceu a Nigéria por 3 a 2. Nas duas ocasiões, a movimentação foi muito intensa no Centro de Porto Alegre. No domingo à tarde, pouco antes do horário do jogo, havia uma multidão de pessoas no Caminho do Gol, formando um visual muito lindo com as cores das seleções que se enfrentariam e também com muita gente vestindo as cores da dupla Gre-Nal, mostrando todo o orgulho dos gaúchos pelos nossos maiores clubes. Esse clima de Copa do Mundo pode ter servido para fomentar ainda mais a nossa paixão clubística, mas também para melhorar o relacionamento entre as torcidas rivais. Aliás, abro aqui um parêntese para dizer que a morte trágica do Fernandão, grande ídolo dos colorados, trouxe seu primeiro legado, que foi aquela bela aproximação de gremistas e colorados pouco antes do início da Copa.

Qualquer evento saudável, que proporcione lazer e entretenimento ao povo, é sempre bem vindo. Se ele trouxer ainda a oportunidade de crescimento cultural, melhor ainda. Creio que a realização de uma Copa do Mundo propicia tudo isso, ou seja, mexe com a emoção das pessoas, congrega, diverte e, mesmo que muitos possam apenas acompanhar pelos meios de comunicação, mostra as diferentes culturas e costumes dos povos. Em que pese os efeitos da globalização, ainda temos particularidades muito interessantes, preservadas nos mais variados recantos do planeta.

Com certeza algumas obras ficarão como legado da Copa do Mundo, embora me pareça que faltou um acompanhamento mais crítico da grande mídia (pois ela tem a força para mexer com a opinião pública) lá no começo das tratativas do Governo com a Fifa para a realização do evento em solo brasileiro. Da mesma forma, compreensível, que a entidade máxima do futebol e promotora do evento fez suas exigências, muita coisa poderia ter acontecido diferente (com relação a obras), se a nossa imprensa tivesse pressionado para que não houvesse superfaturamentos e atrasos e até mesmo que muitas obras não saíssem do papel.

Acompanho futebol desde a Copa do Mundo de 1966, quando ouvíamos as transmissões em rádios valvulados que faziam a voz dos locutores oscilarem e, às vezes, se ausentarem por instantes importantes. Acho que o Brasil pode ser campeão este ano, como a Inglaterra foi em 66, influenciado pelo fator local, mas entendo que não merecemos vencer. Tem seleções bem melhor organizadas que a nossa, embora tenhamos jogadores com grandes qualidades individuais. E eu insisto, como postei aqui no Blog do Nando, futebol é esporte coletivo onde o entrosamento e a participação de todos é fundamental. Não se faz futebol com um “Neymar” e mais dez. Os mais antigos lembram da nossa seleção de 1982 que tinha meia dúzia de “Neymares” como Falcão, Júnior, Toninho Cerezo, Paulo Isidoro, Sócrates e Zico. Depois de uma arrancada arrasadora, um pequeno descuido no meio campo e uma pitada de autoconfiança nos tiraram da competição nas quartas de final.

Meu coração quer que o Brasil conquiste o Hexa, mas a razão me diz que melhor seria a vitória da Holanda, que desde 1974 vem mostrando um futebol muito bonito, competitivo, que já merecia ter levantado um caneco. Repito, o Brasil pode vencer a Copa 2014, mas, como em tantas outras áreas, precisamos avançar e melhorar muito.