sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Paixão Colorada - Barcos, não: Transatlântico


Domingo passado, o Inter, contra o Cruzeiro, mostrou que está longe do ideal e, o que é pior, continua projetando mal as suas metas. Ao ceder o empate já nos acréscimos, o time do Dunga (que segue poupando titulares) antecipou o confronto com o Grêmio na Taça Piratini. Assim, o adversário vem embalado e tem tudo para contribuir com os propósitos do Inter de realizar uma pré-temporada longa, longa (não sei para que). Perdendo o Gre-Nal, teremos mais de 15 dias para continuar preparando o time. Dá até para voltar para Gramado e fazer uns dois amistosos contra times da várzea, pois é melhor que expor os atletas em jogos oficiais. Ah, temos que ter cuidado, pois terminou o veraneio e os boleiros da várzea começam a se preparar para as competições locais.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, parece que o Abelão está querendo voltar para o Colorado. Ele ainda não conhece o Grêmio e achou que enfrentaria o timezinho dos “Amigos do Luxa” (É, quem perdeu para o Huachipato não foi o Imortal, pois ninguém me convence que um técnico de futebol possa deixar um volante como o Fernando fora do time, mesmo que fosse contra o Flamengo de Gramado.). Assim, o Koff, que sabe tudo de futebol e mais um pouco, vai vendo a transformação do Barcos em Transatlântico e, com razão, já sonha em voltar a Tóquio.

Minha esperança e expectativa é que aquela garra e aquela disposição vista na quarta-feira, contra o Fluminense, ainda seja efeito Paixão (Paulo) e quando chegar o frio rigoroso do nosso inverno, o Elano canse e o Zé Roberto, como eu, sinta os sintomas do reumatismo e caia de produção.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A era Dunga ou pós-Guiñazu?


Com quatro minutos de jogo, sábado, o Inter perdeu o meia Dátolo que deixou o campo com lesão muscular. Aí eu pergunto, mais uma vez, por que poupar jogadores e prolongar a pré-temporada, se temos apenas o Gauchão neste momento? Mas não é sobre isso que quero falar hoje.


A equipe titular do Inter já havia jogado bem o Gre-Nal e esteve muito bem na vitória por 3 a 0 sobre o Pelotas, sábado, no Estádio do Vale. Muita gente já fala que isso é só o começo da era Dunga. Obviamente, tem muito do Dunga nesse time que está se desenhando, mas eu não posso deixar de chamar atenção para uma mudança fundamental que ocorre no Inter neste início de temporada que, até onde eu sei, não tem nada a ver com a chegada do Dunga. Refiro-me à saída do Guiñazu (surpreendente saída), ídolo incontestável de todos os colorados pela sua garra e dedicação. Eu já havia advertido mais de uma vez que o Guiña precisava ser contido em seu ímpeto, precisava guardar posição, caso contrário não servia mais para o Inter. Parece que ninguém com poder de decisão se dava conta disso e entrava técnico, saia técnico, e lá estava o gringo correndo por todo o campo, com toques para os lados, sem objetividade. Um peladeiro de marca maior. Não sei se o Dunga teria coragem de mexer com essa postura do Guiña, mas quis a sorte que o argentino resolvesse deixar o clube e já começamos a sentir os efeitos de sua saída.

Fico feliz em ver que o técnico Dunga fez uma boa leitura do grupo de jogadores que tem a sua disposição e entendeu que não haveria necessidade de colocar mais um cabeça de área para substituir Guiñazu. Assim, o que se viu no Gre-Nal e também diante do Pelotas (mesmo com a entrada do Josimar, logo no início do jogo no lugar do Dátolo), foi um time com um volante de ofício e dois meias, com boa chegada na frente, auxiliando na marcação. Esse é o caminho.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Rebaixamento, nem pensar


Sempre que posso, tento orientar os amigos e procuro me informar sobre os questionamentos que me fazem. Como até esta quarta-feira tínhamos dois clubes da Grande Porto Alegre “patinando” na tabela de classificação do Gauchão, resolvi conferir o regulamento da competição. Acho que ainda é cedo para falar em fantasma do rebaixamento, mas que ele existe, existe. E para quem começa a se preocupar com isso, veja o que diz o regulamento: “Ao contrário de 2012, quando apenas duas equipes caíram, os três piores times na classificação geral serão rebaixados.”

Caso o comentário acima não fosse meu, certamente eu diria: “Que bobagem falar de rebaixamento, se até agora cada equipe jogou apenas quatro jogos.” Mas... tem clube da Grande Porto Alegre (gostei desta expressão) que entende de rebaixamento, até DVD já fizeram da Segundona. Vai que eles se dão bem no torneio continental e esquecem desse detalhe!? Sempre é bom estar atento ao que está acontecendo.

Falar ou não falar do Gre-Nal, eis a questão.  Pensando na discrepância do clássico do último domingo, quando o Inter jogou com o que tinha de melhor e o Grêmio com a baba, lembrei-me do saudoso reverendo Onofre, meu pároco em Canudos na década de 1990. Uma pessoa de um coração enorme, que tinha respeito por todas as criaturas e era amado por todos que o conheciam. Ele tinha mais uma virtude: era colorado da gema. E sem nunca magoar ninguém, sempre dizia que se o Grêmio jogasse contra um time de cachorros, ele estaria lá na arquibancada latindo. Assim, eu que aprendi muitas coisas boas com o Onofre, me sinto no direito de estar alegre pelo “passeio” que fizemos em Erechim. Foi um bom teste para o time do Dunga.