Ultrapassei os meus limites

Contei, há cerca de um mês, que havia decidido desafiar meus limites fazendo pequenas corridas. Até alcancei tempo satisfatório para participar de corridas de rua e me inscrevi para a Rústica do Trabalhador, que acontece no dia 1º de maio, em Campo Bom. Meu propósito era superar uma dor no joelho direito e estava conseguindo. Mas foi justamente quando cheguei no tempo ideal para a minha faixa etária (Para quem não sabe, já alcancei os 6.8.), que me dei conta de um outro problema, muito mais sério. Comecei a sentir um mal estar após as corridas, até que a situação me levou a procurar meu cardiologista. Ele solicitou alguns exames e recomendou que eu parasse com as corridas.

Anos atrás, um eletrocardiograma apontou uma cardiopatia e, pelo visto, a atividade física mais forte não me fez bem. Só me resta aguardar o resultado dos exames e seguir as orientações médicas.

 

O sucesso do Novo Parcão de Campo Bom

Nem os mais otimistas poderiam imaginar que o Novo Parcão de Campo Bom, inaugurado no dia 4 de abril, faria tanto sucesso entre moradores de toda a Região. Nos finais de tarde e, principalmente, nos fins de semana, o espaço de quase dois mil metros quadrados, batizado de Sady Arnildo Schmidt, tem ficado literalmente lotado. Isso mostra o tamanho do acerto do prefeito Luciano Orsi ao decidir retirar a Secretaria de Obras do local e transformar aquele espaço em um novo ponto de lazer, com um projeto paisagístico moderno, que contempla todas as faixas etárias.

Transferindo a sede da Secretaria de Obras, em 2019, para o Parque do Trabalhador, Orsi demostrou preocupação com os servidores da pasta, que careciam de melhores condições de trabalho, pois o prédio estava, há muito tempo, em péssimas condições de conservação o que prejudicava, também, a qualidade de atendimento à comunidade. Com a retirada da Secretaria de Obras, faltava, àquela área central da cidade, uma destinação apropriada, para que, inclusive, cessasse o descarte irregular de lixo.

O Novo Parcão é mais um belo cartão postal de Campo Bom. Toda a comunidade ganha com essa obra: a comunidade, por desfrutar de mais um local com ótimas condições para o lazer; ganha a economia, pelo movimento do comércio das imediações; e ganha a própria Administração Municipal, pois onde se tem uma população feliz se tem mais qualidade de vida. Logo, não faltam razões para comemorarmos mais esse feito.

43:50 – meu melhor desempenho nos treinos

Consegui, hoje, meu melhor desempenho nos treinos para a Rústica do Trabalhador. Seguindo as orientações do Treinador Samuel ( @samuel.reissantos ) aumentei o tempo de aquecimento antes de correr. E quando eu chegava aos 3km, senti um leve desconforto no alto da panturrilha direita (sempre a direita), e lembrei, então da recomendação do seu Antônio dos Reis ( @antonioreisr ); diminui o ritmo, sem parar de correr. Também entusiasmado com as mensagens de apoio que recebi de quase uma centena de pessoas depois que contei da minha decisão de desafiar meus limites, completei os 5km em 43:50 minutos.

Amanhã eu conto como meu corpo, principalmente meu joelho, reagiu depois desse esforço. Ah, se eu conseguir essa marca na prova do dia 1º de maio, já terá valido todo o esforço.

A indefinição continua e a expectativa cresce

Acompanho eleições municipais desde a reabertura política (1982), lá nos últimos anos da ditadura militar. Ano de disputa pela prefeitura sempre foi de muita especulação, notícias falsas (que recentemente passamos a chamar de fake news) e intrigas que, na maioria das vezes, só atrapalham o processo democrático. Quando o prefeito concorre à reeleição, a coisa é mais serena, nos demais pleitos a coisa é mais tensa. Não seria diferente em 2024.

Luciano Orsi, reeleito prefeito de Campo Bom em 2020, não pode concorrer e isso abre espaço para as especulações mais diversas. Estamos há menos de seis meses da eleição e a grande expectativa está na (in) definição dos candidatos majoritários. Certo é que teremos uma disputa acirrada e o eleitor (como sempre deveria fazê-lo) precisa pensar pela sua própria cabeça, sem se deixar influenciar por promessas miraculosas e pelas notícias falsas.

Em busca da superação

Na minha infância, como a esmagadora maioria da gurizada, eu sonhava ser jogador de futebol, mas na adolescência logo percebi que não tinha algumas habilidades indispensáveis para o sucesso nessa profissão. Busquei outros caminhos, até enveredar para o jornalismo onde estou há exatos 45 anos.

Entre as poucas qualidades que eu esbanjava para o futebol, já no início da minha idade adulta, estavam a garra, a entrega, a vontade. E foram justamente a garra, a entrega e a vontade, aliadas à falta de cuidados com o condicionamento físico, que me tiraram do futebol, mesmo aquele que praticava pelo prazer de correr atrás da bola e depois curtir com os amigos os bons e os não tão bons momentos de uma boa pelada.

Uma lesão no joelho direito, no final da década de 1970, me afastaram não somente do futebol, mas de praticamente de todos os esportes. Nem mesmo correr, algo que eu gostava, me animava fazer. Dor, seguida de inchaço, era o resultado de cada tentativa. Anos se passaram e, até pela necessidade de praticar alguma atividade física, comecei a encarar a ciclovia de Campo Bom.

E no início deste ano de 2024, tomei uma decisão importante: decidi desafiar meus limites fazendo pequenas corridas, até que alcancei o mesmo tempo dos últimos colocados das rústicas realizadas no município. Assim, com o desafio de superar minha própria marca, estou inscrito na Rústica do Trabalhador, que acontece no dia 1º de maio. Falaremos mais sobre isso nos próximos dias.

Deus tenha misericórdia dos aposentados

Dia desses precisei ir até a agência bancária encarregada da minha aposentadoria para obter o extrato para o Imposto de Renda e vi, bem de perto, a situação de desamparo dos aposentados. Uma única atendente, uma simpática e atenciosa moça, se desdobrava para orientar os clientes, todos idosos. Ao menos no tempo de mais de meia hora que eu tive de aguardar até chegar a minha vez, a maioria das pessoas estava lá em busca de empréstimos tentando amenizar sua grave situação financeira. Um triste cenário de gente que trabalhou arduamente uma vida toda e agora, quando deveria desfrutar da merecida aposentadoria, precisa bater à porta dos bancos em busca de empréstimos que, longe de ajudá-los, apenas empurram para logo ali adiante os seus graves problemas.

Enquanto ouvia os tristes, e alguns emocionantes, relatos de quem não está dando conta de seus compromissos, fiquei imaginando o quanto seria importante se a sociedade (talvez o poder público ou alguma ONG muito bem intencionada) disponibilizasse pessoas em frente aos bancos, que abordasse os aposentados antes que eles entrassem e contraíssem mais dívidas. Certamente, com alguma orientação e, quem sabe, outro tipo de socorro, seria possível evitar casos como um que presenciei, de uma senhora que, já esgotado o seu limite de consignado do INSS, tanto insistiu com a atendente até que obteve R$ 1.000,00 que serão pagos em 15 parcelas de cerca de R$ 160,00, o que totalizará quase R$ 2.500,00.

Junte-se a experiências como essa que reportei, as constantes tentativas de golpes a que estão expostos os aposentados, diariamente, e só nos resta lamentar que nada seja feito para proteger essa enorme parcela do nosso povo.