Um alívio e uma felicidade. Assim a aposentada Vera Regina Machado de Oliveira, de 60 anos, definiu o seu encaminhamento para a realização de exame de densitometria óssea por meio do mais recente mutirão de saúde promovido pela Prefeitura de Campo Bom, ação que zerou a fila de espera para essa especialidade que é de responsabilidade do Estado. "Nossa, foi muito bom ser encaminhada! Quando fui marcar o exame, em outubro de 2019, me avisaram que o Estado recém estava chamando as pessoas de março de 2017 e que iria demorar muito. Achei que ia ter de esperar cinco anos para ser atendida. Esses mutirões são muito válidos. Que continuem fazendo isso, pois é muito bom para a população", comemorou.
Vera foi uma das 135 pessoas encaminhadas pelo mutirão de saúde realizado na manhã desta terça-feira, 3, no Protocolo do Centro Administrativo, visando a redução das filas de espera para exames/consultas. No total, foram 105 pessoas encaminhadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Central de Marcação de Consultas e Exames (CMCE) que farão o exame densitometria óssea e outras 30 que farão o exame de Holter de eletrocardiograma.
Segundo o prefeito Luciano Orsi, foram investidos R$ 35 mil de recursos próprios do Município nesse novo mutirão de exames. "Desde 2017, já beneficiamos mais de 2.000 pessoas com encaminhamentos para realização de exames em áreas como tomografia, ressonância, ecocardiograma, endoscopia, colonoscopia, entre outros. Já em consultas, foram 1.600 encaminhamentos em mutirões neste período, em especialidades como neurologia, oftalmologia e urologista. São especialidades que não são da alçada do Município, mas que, diante da incapacidade do Estado de atender a população, não cruzamos os braços e estamos sempre em busca de recursos para atender nossa comunidade e zerar filas, como fizemos agora com a de densitometria óssea. Já para o exame de Holter, devemos zerar a fila nos próximos três meses. Tudo isso pois encarramos a saúde como uma prioridade em nossa gestão”, define.
A secretária de Saúde, Suzana Ambros Pereira, reforça que, diante do número reduzido de exames/consultas disponibilizados pelo Estado, o município teve de assumir mais essa responsabilidade. “No exame de densitometria óssea, por exemplo, o Estado libera apenas 6 exames por mês e o Município acaba arcando com outros 15 para tentar reduzir a fila de espera. Já no exame de Holter, o Estado disponibiliza apenas dois ou três exames por mês, o que fez ficarmos com 75 exames acumulados e que vão ser encaminhados, com exames pagos pelo Município, nos próximos três meses, zerando a fila de espera. Mesmo não sendo da alçada do Município esses exames de média e alta complexidade, queremos que a população esteja bem e saudável e, sempre que pudermos, vamos alocar recursos para isso”, explica.
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