No dia 3 de outubro do ano passado, o secretário de
Infraestrutura e Logística do Estado e uma comitiva de deputados de vários
partidos estiveram na localidade de Arroio Bonito, em São José do Hortêncio
para anunciar a retomada das obras de pavimentação da estrada Hortêncio/São
Sebastião do Caí. Eu escrevia, na ocasião, parecer que desta vez a obra sairia
do papel, pois anos atrás os moradores da região foram iludidos com a promessa do
fim da poeira e do barro. Até o maquinário foi para lá, mas asfalto que é bom,
nada. Dizia, também, que muitos moradores estavam incrédulos, pois era a
terceira vez que lhes prometiam a obra. E eu encerrava o comentário relatando que
no momento da assinatura da autorização do início dos trabalhos, o vento quase
levou o documento e não faltou quem interpretasse o fato como um presságio.
Pois nesta quinta-feira, dez meses depois daquela
cerimônia, voltei a Arroio Bonito e cheguei à triste conclusão de que teria
sido melhor se o vento tivesse “roubado” o documento e a obra não fosse recomeçado.
O que fizeram, principalmente, com os moradores de Arroio Bonito é algo que só
indo lá para ver. Antes, como todas as estradas de chão da região, aquela via
era bem conservada. O barro e a poeira incomodavam, mas dava para transitar com
tranquilidade. Hoje, o barro e a poeira continuam atormentando e a estrada (se
é que dá para chamar aquilo de estrada) é algo que não dá para definir. Fizeram
uma base para colocar o asfalto, com pedras tipo aquelas usadas para calçamento
irregular e não dá nem para passar uma patrola para ajeitar a pista. Lamentável
o descaso com uma comunidade que trabalha de sol a sol para produzir a riqueza
da região e para pagar os salários daqueles que lá estiveram prometendo o que
não cumpririam.
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