segunda-feira, 4 de junho de 2012

Paixão Colorada - Jornal O Diário


Sem identificação
Concordo com meu amigo Geraldo Heylmann quando ele diz que o futebol gaúcho não é mais o mesmo de anos atrás. Aliás, em todos os lugares isso é assim: o profissionalismo, ao mesmo tempo em que deu mais segurança aos atletas, quase acabou com aquela paixão clubística que se via antigamente. Logo, não há identificação do jogador com o time e, consequentemente, não dá para esperar muito mais do que atitudes profissionais dos nossos craques.

“Estrangeiros”
Nada contra a vinda de atletas de fora do Estado para nossos clubes, mas como a rotatividade é muito grande, os caras chegam aqui e não têm tempo, sequer, de aprender o Hino Riograndense e seu significado para a gauchada. Obviamente, temos de considerar que a presença de tantos garotos de fora do Rio Grande nas categorias de base da Dupla Gre-Nal se deve à estrutura e qualidade que Grêmio e Inter apresentam. E só para que não fiquemos com a informação equivocada passada pelo Geraldo: o “gaúcho” Índio, veterano zagueiro do Inter, é natural de Maracaí, interior de São Paulo.

Campeão de Tudo
Já que iniciei a coluna dividindo sentimentos com os gremistas, sigo nessa linha. Devo admitir que me surpreendi diante da euforia de um respeitável gremista que assina o espaço “Imortal Tricolor” com a possibilidade de sucesso no antigo costume de nos imitar. O nobre escriba disse, semana passada: “Acho que este ano ainda o Inter vai arranjar companhia nesta história de campeão de tudo. O Grêmio tem tudo para papar a Sul-Americana com o time que está montando com os reforços que vem por aí.”

Mais três décadas
Sou daqueles colorados que não quer tudo para si, pois entendo que os adversários precisam sobreviver. Sinceramente, espero que não leve três décadas para eles usarem a expressão “Campeão de Tudo”. Trinta anos foi o tempo que os gremistas amargaram até começarem a construir um estádio de futebol que possa ser comparado ao nosso Gigante da Beira-Rio.

Beira-Rio x Arena
Como dentro de campo ainda não dá para comparar os dois clubes, devo admitir que estamos perdendo na disputa pelos estádios. O novo Beira-Rio, se desenterrarem os sapos que lá estão, será estádio de dar inveja em muito desportista que vem de fora. Porém, a Arena do Grêmio está ficando linda e ofuscará a nossa obra. Aliás, será o novo símbolo da Capital dos Gaúchos. Mas, deixa assim! Eles terão o melhor estádio e nós o melhor time.

Melhor time, sim
Será que alguém tem dúvidas de que quando o Inter entrar em campo com o time titular (O que ainda não aconteceu este ano!), será incomparável com os adversários brasileiros e sul-americanos, quiçá, do mundo. Empolgo-me ainda mais quando vejo nos noticiários a possibilidade de saída do Bolívar. Basta trazer um bom zagueiro e estaremos prontos para muitas glórias.

Pés no chão
A confirmação de tudo o que eu disse acima passa, necessariamente, por uma grande atuação nesta quarta-feira, contra o São Paulo. Vencer, e convencer, é preciso, para que o time de Dorival Júnior ganhe confiança e siga nas primeiras posições do Brasileirão. As ausências de Oscar, Damião e Guiñazu (servindo as seleções brasileira e argentina) não podem ser desculpas para um jogo apático. 

Volta R10
Para encerrar: acho que a direção do Inter deveria convocar uma entrevista coletiva e manifestar interesse em Ronaldinho Gaúcho. Só assim, a direção gremista se mexeria, contrataria o R10 e, finalmente, ligariam as caixas de som que estão mofando no Olímpico (lemabram?) desde o início do ano passado.

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