Sem identificação
Concordo
com meu amigo Geraldo Heylmann quando ele diz que o futebol gaúcho não é mais o
mesmo de anos atrás. Aliás, em todos os lugares isso é assim: o
profissionalismo, ao mesmo tempo em que deu mais segurança aos atletas, quase
acabou com aquela paixão clubística que se via antigamente. Logo, não há
identificação do jogador com o time e, consequentemente, não dá para esperar
muito mais do que atitudes profissionais dos nossos craques.
“Estrangeiros”
Nada contra
a vinda de atletas de fora do Estado para nossos clubes, mas como a
rotatividade é muito grande, os caras chegam aqui e não têm tempo, sequer, de
aprender o Hino Riograndense e seu significado para a gauchada. Obviamente,
temos de considerar que a presença de tantos garotos de fora do Rio Grande nas
categorias de base da Dupla Gre-Nal se deve à estrutura e qualidade que Grêmio
e Inter apresentam. E só para que não fiquemos com a informação equivocada
passada pelo Geraldo: o “gaúcho” Índio, veterano zagueiro do Inter, é natural
de Maracaí, interior de São Paulo.
Campeão de
Tudo
Já que
iniciei a coluna dividindo sentimentos com os gremistas, sigo nessa linha. Devo
admitir que me surpreendi diante da euforia de um respeitável gremista que
assina o espaço “Imortal Tricolor” com a possibilidade de sucesso no antigo
costume de nos imitar. O nobre escriba disse, semana passada: “Acho que este
ano ainda o Inter vai arranjar companhia nesta história de campeão de tudo. O
Grêmio tem tudo para papar a Sul-Americana com o time que está montando com os
reforços que vem por aí.”
Mais três
décadas
Sou
daqueles colorados que não quer tudo para si, pois entendo que os adversários
precisam sobreviver. Sinceramente, espero que não leve três décadas para eles
usarem a expressão “Campeão de Tudo”. Trinta anos foi o tempo que os gremistas
amargaram até começarem a construir um estádio de futebol que possa ser
comparado ao nosso Gigante da Beira-Rio.
Beira-Rio x
Arena
Como dentro
de campo ainda não dá para comparar os dois clubes, devo admitir que estamos
perdendo na disputa pelos estádios. O novo Beira-Rio, se desenterrarem os sapos
que lá estão, será estádio de dar inveja em muito desportista que vem de fora.
Porém, a Arena do Grêmio está ficando linda e ofuscará a nossa obra. Aliás,
será o novo símbolo da Capital dos Gaúchos. Mas, deixa assim! Eles terão o
melhor estádio e nós o melhor time.
Melhor
time, sim
Será que
alguém tem dúvidas de que quando o Inter entrar em campo com o time titular (O
que ainda não aconteceu este ano!), será incomparável com os adversários
brasileiros e sul-americanos, quiçá, do mundo. Empolgo-me ainda mais quando
vejo nos noticiários a possibilidade de saída do Bolívar. Basta trazer um bom
zagueiro e estaremos prontos para muitas glórias.
Pés no chão
A
confirmação de tudo o que eu disse acima passa, necessariamente, por uma grande
atuação nesta quarta-feira, contra o São Paulo. Vencer, e convencer, é preciso,
para que o time de Dorival Júnior ganhe confiança e siga nas primeiras posições
do Brasileirão. As ausências de Oscar, Damião e Guiñazu (servindo as seleções
brasileira e argentina) não podem ser desculpas para um jogo apático.
Volta R10
Para
encerrar: acho que a direção do Inter deveria convocar uma entrevista coletiva
e manifestar interesse em Ronaldinho Gaúcho. Só assim, a direção gremista se
mexeria, contrataria o R10 e, finalmente, ligariam as caixas de som que estão
mofando no Olímpico (lemabram?) desde o início do ano passado.
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