terça-feira, 29 de novembro de 2016

Onde buscar consolo diante de tamanha tragédia?

É sempre muito difícil encontrar palavras de consolo e conforto àqueles que se deparam com uma tragédia como essa que se abalou sobre a delegação da Chapecoense na madrugada desta terça-feira (29). Não foi um fato isolado envolvendo uma comunidade do interior de Santa Catarina. A tragédia mexe com todos aqueles que vivem o dia a dia do futebol, sejam atletas, profissionais da Imprensa, ou apenas torcedores.
Quando da morte do Fernandão, ídolo da torcida colorada e respeitado no mundo futebolístico, num acidente em junho de 2014, eu escrevia assim:
O sentimento não é diferente nesta terça-feira (29 de novembro de 2016), diante da tragédia que ceifou a vida de tanta gente conhecida e querida, “como se fosse da família”.
Eu nunca vi o Mário Sérgio de uma distância menor que da arquibancada até o gramado do Beira Rio; nunca passei perto o Paulo Paixão; até ontem nem sabia que o Alan Ruschel era natural aqui da região (Nova Hartz).
Mário Sergio, mesmo tendo vestido também a camisa do maior rival do meu Inter, sempre foi lembrado por mim como alguém que em determinado momento foi importante na minha vida.
Como não me sentir abalado ao saber que o Paixão, que igualmente foi importante em grandes conquistas da Dupla Gre-Nal, perdeu mais um filho.
Como não me emocionar ao pensar que o Alan que, como tantos meninos, sonhou um dia ser jogador do um dos nossos maiores clubes (Grêmio e Inter). Ele foi revelado nas categorias de base do Inter, mas acabou sendo cedido a outros clubes e foi parar na Chapecoense, um clube jovem, sem a mesma expressão de Grêmio e Inter. Alan Ruschel vivia um grande momento e, independentemente de vencer ou não a final da Sul Americana, viveu uma grande temporada em 2016, um ano vitorioso.
É muito difícil achar palavras de consolo e conforto aos familiares, aos torcedores, que perderam seus entes ou ídolos. Como auxiliar os familiares do Alan, que escapou com vida desta tragédia, mas poderá sofrer com as consequências do acidente.

Diante de tudo isso, busco forças na fé cristã, que alimentei desde minha infância. “Eu sei que o meu Redentor vive e que, ao final, se levantará sobre a terra. Depois Ele me ressuscitará e eu verei a Deus. Sim, eu mesmo O verei, os meus próprios olhos contemplarão a um amigo e não a um estranho” (Jó 19: 25-27).  E mais uma vez,em meio as minhas preces, me socorro de um texto que elaborei como trabalho de aula da disciplina Teologia e Metodologia Pastoral, no Setek. 

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