quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ah! Eu sou gaúcho!

A expressão “Ah! Eu sou gaúcho!” é ouvida com muita frequência nos mais diversos locais, mas, afinal, o que é ser gaúcho? O site da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) diz que “gaúcho é o nome dado aos nascidos no Rio Grande do Sul, ao tipo característico da campanha, ao homem que vive no campo, na região dos pampas”. Diz, também, que “até a metade do século XIX, o termo gaúcho era usado de forma pejorativa, dirigido aos aventureiros, ladrões de gado e malfeitores que viviam nos campos”.

Nos dias atuais, ser gaúcho é muito mais que ser nascido no Rio Grande, é um estado de espírito, é um jeito próprio de viver. Hoje são tão poucos os que vivem no campo cuidando do gado. Igualmente poucos os que têm habilidades de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira. Os costumes mudaram. As lides do campo, para a maioria, ficaram para trás, mas, mesmo na vida urbana, o amor por essa pátria “sem fronteiras ou aramados” se mantém e até se esparrama por outras querências. E a Semana Farroupilha será festejada não só aqui no Estado, mas em CTGs, piquetes e nos corações de gaúchos de nascimento e gaúchos por adoção, em querências nos mais distantes rincões do planeta.
Querer explicar o que é ser gaúcho é tão difícil quanto tentar convencer alguém que não conhece nossos costumes, que não dá para viver sem o chimarrão. Cantamos a saudade de uma vida no campo, como viveram nossos antepassados, sem nunca termos enfrentado os rigores do inverno chicoteado pelo vento minuano. Tem coisas que não se explicam, se sente no pulsar do coração. Por isso é que, pilchados ou não, a pé ou a cavalo, nos CTGs, piquetes ou em suas residências, sentimos, todos, orgulho por nossa tradição.
Se no passado defendemos nossas fronteiras e, como na Guerra dos Farrapos, gritamos contra os desmandos do poder central do Brasil, o que se espera do gaúcho hoje é que ele continue sendo sinônimo de homem e mulher dignos e que “sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”.

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