Nos dias atuais, ser gaúcho é muito mais que ser nascido no
Rio Grande, é um estado de espírito, é um jeito próprio de viver. Hoje são tão
poucos os que vivem no campo cuidando do gado. Igualmente poucos os que têm habilidades
de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira. Os costumes mudaram. As lides
do campo, para a maioria, ficaram para trás, mas, mesmo na vida urbana, o amor
por essa pátria “sem fronteiras ou aramados” se mantém e até se esparrama por
outras querências. E a Semana Farroupilha será festejada não só aqui no Estado,
mas em CTGs, piquetes e nos corações de gaúchos de nascimento e gaúchos por
adoção, em querências nos mais distantes rincões do planeta.
Querer explicar o que é ser gaúcho é tão difícil quanto
tentar convencer alguém que não conhece nossos costumes, que não dá para viver
sem o chimarrão. Cantamos a saudade de uma vida no campo, como viveram nossos
antepassados, sem nunca termos enfrentado os rigores do inverno chicoteado pelo
vento minuano. Tem coisas que não se explicam, se sente no pulsar do coração.
Por isso é que, pilchados ou não, a pé ou a cavalo, nos CTGs, piquetes ou em
suas residências, sentimos, todos, orgulho por nossa tradição.
Se no passado defendemos nossas fronteiras e, como na Guerra
dos Farrapos, gritamos contra os desmandos do poder central do Brasil, o que se
espera do gaúcho hoje é que ele continue sendo sinônimo de homem e mulher dignos
e que “sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”.
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