O que nos identifica como colorados, gremistas, ou torcedor
de qualquer outro clube é aquela vontade, às vezes até ingênua, de ver nosso
time sendo o melhor, o vencedor de qualquer competição. Desde que me
identifiquei como colorado, sempre fiz minhas simulações e em todas elas,
enquanto houve possibilidades matemáticas, o meu Inter chegou na frente. Não
poderia ser diferente na atual competição. Acreditem, sem muito esforço, na
última simulação que fiz, pouco antes do empate contra o Cruzeiro, o Inter
seria campeão na penúltima rodada e poderíamos até perder o primeiro Gre-Nal na
nova Arena deixando que eles também entrassem na Libertadores 2013.
Mas isso são simulações e sei bem que nem sempre dá para
chegar lá. Na prática e na realidade, a situação está bem complicada. Hoje vejo
dois adversários, mesmo com grupos de jogadores menos qualificados que o nosso,
como franco-favoritos para levantar a taça do Brasileirão. Fluminense e Grêmio
estão vivendo momentos ímpares, treinados por dois estrategistas que sabem unir
seus atletas. Não posso dizer o mesmo do Atlético Mineiro, que liderou a
competição por muitas rodadas, mas agora dá mostras de que não terá gás para
chegar na frente.
Disse e repito, temos o melhor plantel. O que nos falta,
desde o início da competição, é um padrão de jogo. Dependemos da genialidade do
D’Alessandro e, admitamos, ele anda muito mais genioso que genial. E, incompreensivelmente,
na ausência do D’Ale, nosso técnico opta por um esquema com três volantes de
contensão. Aí, meus sonhos e simulações sucumbem.