Fadado aos grandes feitos futebolísticos, o Inter inaugurou
no domingo, 23 de julho de 2012, uma nova fase do futebol brasileiro. A estreia
de Fernandão como técnico de futebol marcará uma nova mentalidade de dirigentes
dos grandes clubes do país que passarão a investir em projetos a longo prazo e,
consequentemente, os treinadores não serão mais descartáveis a cada três ou
quatro jogos com resultados negativos. O Inter, que já tem sido modelo em
tantas iniciativas, agora será vanguarda em mais uma.
Anotem aí em suas agendas, desportistas da região, o nosso
glorioso Colorado tem técnico para os próximos dez, talvez 15 anos. E a menos
que a Europa se recupere rápido da crise financeira que por lá se abate, o
Fernandão, que já mostrou que tem estrela e nasceu para ser um vencedor,
permanecerá no Beira-Rio e formará uma grande equipe. Tremei, ó tricolores,
lembrando que Fernandão sempre lhes tirou o sono, veio para marcar o gol mil em
Gre-Nais, terminou com a vossa alegria de ser o único gaúcho campeão do mundo e
levantou a taça contra o todo poderoso Barcelona, no auge da carreira do
Ronaldinho.
Talvez não sejamos campeões do Brasileirão neste ano e eu
até torço para que aquele time que se transferirá para o aterro da Humaitá
chegue lá, pois depois disso vai demorar para eles conseguirem um título. Serão
tantas dívidas para pagar que não será possível renovar o plantel e o Zé, com a
idade que está, certamente não suportará dois invernos aqui no Sul. Com o carisma
que tem e a competência e inteligência demostradas esses anos todos, Fernandão
levará o Inter ao tri da Libertadores e ao bi mundial em 2013. Ah! E vamos
vencer o primeiro Gauchão decidido na Arena. Continuaremos formando e
exportando para todo o mundo garotos como o Oscar, Fred e outros. Quem viver
verá!
Claro que o trabalho é árduo e passa por convencer o
D’Alessandro que futebol se joga com os pés, não com a língua. É preciso,
também, arrumar a defesa e, quem sabe, convencer o Bolívar a encaminhar sua
aposentadoria. Mais urgente, é preciso bater o desesperado Figueirense no meio
da semana, fora de casa. Engana-se quem acha que é fácil vencer os times da
ponta de baixo da tabela de classificação, melhor é jogar no Rio de Janeiro,
diante de um adversário cheio de pompas, com estreia de grande nome.
Sonhar é tão bom! Pena que Selma Naiara, a mãe dos meus
filhos, me cutucou na manhã desta segunda-feira, acordei e tive de saltar da
cama para voltar a minha dura realidade. Vencemos o lanterna, com um treinador
que é apenas mais uma aposta da sempre duvidosa direção colorada. Mas sonhar é
preciso e assim como eles acham que descobriam a América com o Zé Roberto e o
Elano, nós também podemos ser felizes com o Fernandão no comando técnico. Antes
ele do que o Roth.
Agora, bem acordado e com os pés no chão, acredito na
estrela do Fernandão e aposto em uma reação no Brasileirão. Quando entrarem no
time, o Forlan e o Juan, e se recuperarmos o D’Ale, poderemos ter um time em
condições de brigar, pelo menos, por uma vaga na Libertadores 2013.