terça-feira, 31 de julho de 2012

Paixão Colorada - Peças de reposição

Quando o Inter foi eliminado precocemente da Copa Libertadores, imaginei, como a grande maioria dos colorados, que este ano brigaríamos pelo título do Brasileirão. Era razoável que se pensasse assim, afinal, enquanto adversários qualificados, como Corinthians e Santos seguiam na competição continental, Palmeiras, Grêmio e outros brigavam pela Copa do Brasil, tínhamos apenas a competição nacional para nos preocupar. Agora, quando nos encaminhamos para o final do primeiro turno, com nove pontos atrás do líder, começo a sentir que uma vaga à Libertadores 2013 já seria um bom negócio.
O Inter reagiu, como não poderia deixar de fazê-lo, com o ingresso do Fernandão no comando técnico, mas a ausência do Oscar, agora definitiva, deixa o time sem criatividade e sou obrigado a dizer que não me iludo. Dificilmente conseguiremos nos manter na sexta posição ao término da 14ª rodada, no final de semana. E mesmo quando tivermos o retorno do Leandro Damião, que está servindo a Seleção, e com o Forlán bem entrosado, faltará um substituto para o Oscar, até por que está muito evidente que não podemos contar com o D’Alessandro que sai de uma lesão e entra numa suspensão e vice-versa.
Obviamente, torcedor é passional. Tivessem o Forlán e o Jajá marcado os gols perdidos, sábado contra o Vasco, talvez o discurso hoje fosse outro, como mudou lá na Azenha depois da “esfrega” no Couto Pereira. Sabe-se que dor de barriga não dá uma vez só, logo, é preciso ter peças de reposição, não se pode contar sempre com Elano e Oscar.

domingo, 29 de julho de 2012

Imagens de um domingo de inverno

Um domingo de inverno, mesmo sem sol, também tem saus particularidades e belezas, depende de que ângulo o vimos.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

Homenagem pelo Dia do Colono


Nesta quarta-feira, 25 de julho, comemora-se o Dia do Colono e vai aqui minha singela homenagem a todos aqueles que, desde o tempo dos primeiros imigrantes, labutaram e labutam para garantir o sustento e o progresso de toda nossa região. Na foto, Samuel, Selma Naiara, Cairo e eu, no início da década de 2000.

Paixão Colorada: divisor de águas



Fadado aos grandes feitos futebolísticos, o Inter inaugurou no domingo, 23 de julho de 2012, uma nova fase do futebol brasileiro. A estreia de Fernandão como técnico de futebol marcará uma nova mentalidade de dirigentes dos grandes clubes do país que passarão a investir em projetos a longo prazo e, consequentemente, os treinadores não serão mais descartáveis a cada três ou quatro jogos com resultados negativos. O Inter, que já tem sido modelo em tantas iniciativas, agora será vanguarda em mais uma.


Anotem aí em suas agendas, desportistas da região, o nosso glorioso Colorado tem técnico para os próximos dez, talvez 15 anos. E a menos que a Europa se recupere rápido da crise financeira que por lá se abate, o Fernandão, que já mostrou que tem estrela e nasceu para ser um vencedor, permanecerá no Beira-Rio e formará uma grande equipe. Tremei, ó tricolores, lembrando que Fernandão sempre lhes tirou o sono, veio para marcar o gol mil em Gre-Nais, terminou com a vossa alegria de ser o único gaúcho campeão do mundo e levantou a taça contra o todo poderoso Barcelona, no auge da carreira do Ronaldinho.

Talvez não sejamos campeões do Brasileirão neste ano e eu até torço para que aquele time que se transferirá para o aterro da Humaitá chegue lá, pois depois disso vai demorar para eles conseguirem um título. Serão tantas dívidas para pagar que não será possível renovar o plantel e o Zé, com a idade que está, certamente não suportará dois invernos aqui no Sul. Com o carisma que tem e a competência e inteligência demostradas esses anos todos, Fernandão levará o Inter ao tri da Libertadores e ao bi mundial em 2013. Ah! E vamos vencer o primeiro Gauchão decidido na Arena. Continuaremos formando e exportando para todo o mundo garotos como o Oscar, Fred e outros. Quem viver verá!

Claro que o trabalho é árduo e passa por convencer o D’Alessandro que futebol se joga com os pés, não com a língua. É preciso, também, arrumar a defesa e, quem sabe, convencer o Bolívar a encaminhar sua aposentadoria. Mais urgente, é preciso bater o desesperado Figueirense no meio da semana, fora de casa. Engana-se quem acha que é fácil vencer os times da ponta de baixo da tabela de classificação, melhor é jogar no Rio de Janeiro, diante de um adversário cheio de pompas, com estreia de grande nome.

Sonhar é tão bom! Pena que Selma Naiara, a mãe dos meus filhos, me cutucou na manhã desta segunda-feira, acordei e tive de saltar da cama para voltar a minha dura realidade. Vencemos o lanterna, com um treinador que é apenas mais uma aposta da sempre duvidosa direção colorada. Mas sonhar é preciso e assim como eles acham que descobriam a América com o Zé Roberto e o Elano, nós também podemos ser felizes com o Fernandão no comando técnico. Antes ele do que o Roth.

Agora, bem acordado e com os pés no chão, acredito na estrela do Fernandão e aposto em uma reação no Brasileirão. Quando entrarem no time, o Forlan e o Juan, e se recuperarmos o D’Ale, poderemos ter um time em condições de brigar, pelo menos, por uma vaga na Libertadores 2013.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Paixão Colorada: saudosista, sim senhor


Lembro-me do Inter do início da década de 1970, Estádio Beira-Rio recém inaugurado, sonhávamos com um time que encarasse de igual para igual os grandes do eixo Rio-São Paulo.  O clube foi montando uma equipe consistente, vieram de fora um grande goleiro (Manga), o melhor zagueiro da América (Figueiroa), um volante que impunha respeito (Carbone), mais um centroavante goleador (Dario - Dadá Maravilha). Logo foram surgindo pratas da casa (como Valdomiro, Falcão, Batista e Mauro Galvão) que se somaram a esses e qualificaram ainda mais o time e o plantel. E o esforço dos dirigentes colorados culminou com as conquistas do Brasileirão em 1975, o bi em 76 e o tri em 1979.

Balcão de negócios
Temos de admitir que os tempos são outros, mas ninguém me tira da cabeça que hoje os interesses também são outros. Sabe-se que atualmente o assédio do futebol europeu e asiático é grande (já foi até maior) e que se torna difícil segurar bons jogadores por muito tempo. Porém, as negociações feitas pelo Inter não me convencem. Elas acontecem apenas para atender interesses financeiros dos empresários donos dos passes dos atletas. E os torcedores acabam se iludindo e dando atenção apenas aos nomes que estão chegando e não prestam atenção nos que estão indo embora.

Oscar por Ganso?
Um ano atrás, trocar Oscar por Ganso seria seis por meia dúzia. Hoje é prejuízo na certa. E mais. Jogador que fica uma temporada só no clube, no máximo duas, não estabelece vínculo, não encarna o espírito do time. Quando o Oscar começa a render, a direção o deixa sair para encher os cofres. O torcedor quer time, não extrato bancário.

Instabilidade
A instabilidade do time do Inter é preocupante e o problema não é perder em casa para o Botafogo, ou ganhar do Cruzeiro, também em casa, com as calças na mão. O que incomoda é a falta de uma postura de time grande, dentro de campo. A direção gosta tanto de usar a expressão “Campeão de Tudo”, mas não mostra indignação ao ver a equipe acuada em pleno Beira-Rio.

Sem consolo
O consolo de que o clube da Azenha também ainda não se firmou na temporada, não me serve. Se temos jogadores de qualidade, e todos admitem isso, temos de ter uma equipe, igualmente, com qualidade. Achar que está bom porque chegou o Forlán e por que eles se ferraram, é muito pouco. Lembram que tudo se resolveria quando repatriamos o Rafael Sobis e quando trouxemos o Bolatti? Deu em nada. O Sobis não resolveu; o Bolatti está aí, entrando no time aos 45 do segundo tempo. E quanto foi investido nesses dois? Será que o Forlán vai resolver nossos problemas de defesa? E por que não trazer um zagueiro que realmente resolva?

Futebol, que nada
Eu não poderia encerrar a coluna sem falar algo sério. Não sei se o leitor se deu conta, mas metade dos gaúchos que gostam de esportes (talvez até um pouco mais, admito), na segunda-feira, só falou da luta do Anderson Silva. Tá certo que ele deu uma surra no seu oponente, mas daí esquecer o futebol, é dose. Aliás, surra por surra... essa meninada da Vila precisa de um corretivo. Deixa estar, domingo, mesmo sem nossos “olímpicos”, haveremos de vingar a honra do co-irmão. Ah! Espero, também, que o Cruzeiro se reabilite no final de semana.