Com quatro minutos de jogo, sábado, o Inter perdeu o meia Dátolo que deixou o campo com lesão muscular. Aí eu pergunto, mais uma vez, por que poupar jogadores e prolongar a pré-temporada, se temos apenas o Gauchão neste momento? Mas não é sobre isso que quero falar hoje.
A equipe titular do Inter já havia jogado bem o Gre-Nal e esteve
muito bem na vitória por 3 a 0 sobre o Pelotas, sábado, no Estádio do Vale.
Muita gente já fala que isso é só o começo da era Dunga. Obviamente, tem muito
do Dunga nesse time que está se desenhando, mas eu não posso deixar de chamar
atenção para uma mudança fundamental que ocorre no Inter neste início de
temporada que, até onde eu sei, não tem nada a ver com a chegada do Dunga.
Refiro-me à saída do Guiñazu (surpreendente saída), ídolo incontestável de
todos os colorados pela sua garra e dedicação. Eu já havia advertido mais de
uma vez que o Guiña precisava ser contido em seu ímpeto, precisava guardar
posição, caso contrário não servia mais para o Inter. Parece que ninguém com
poder de decisão se dava conta disso e entrava técnico, saia técnico, e lá
estava o gringo correndo por todo o campo, com toques para os lados, sem
objetividade. Um peladeiro de marca maior. Não sei se o Dunga teria coragem de
mexer com essa postura do Guiña, mas quis a sorte que o argentino resolvesse
deixar o clube e já começamos a sentir os efeitos de sua saída.
Fico feliz em ver que o técnico Dunga fez uma boa leitura do
grupo de jogadores que tem a sua disposição e entendeu que não haveria
necessidade de colocar mais um cabeça de área para substituir Guiñazu. Assim, o
que se viu no Gre-Nal e também diante do Pelotas (mesmo com a entrada do Josimar,
logo no início do jogo no lugar do Dátolo), foi um time com um volante de
ofício e dois meias, com boa chegada na frente, auxiliando na marcação. Esse é
o caminho.
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