quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nasci jornalista, tenho certeza!

Postado no Blog Oficina de Jornalismo do Correio do Povo em 10 de novembro de 2011
Polícia é a editoria preferida de Lu
Seguindo o ciclo de conversas com os jornalistas do Correio do Povo (CP), durante a Oficina de Jornalismo, a tarde de quinta-feira foi com a chefe de reportagem Luciamem Winck. Durante duas horas, ela contou fatos de sua trajetória profissional.
Com 25 anos de profissão, Luciamem atua há 18 anos no CP. O início de sua carreira foi na editoria de Polícia. Ela lembrou detalhes de uma época em que não havia facilidades como o telefone celular, a câmera digital, internet - “era uma cobertura diferente do que é hoje”. Atualmente, segundo a jornalista, existe muito o “Ctrl+C e Ctrl+V”.
A chefe de reportagem relatou para os estudantes algumas grandes coberturas que teve a oportunidade de vivenciar, como, por exemplo, sua primeira tarefa como repórter, quando foi designada para fazer a matéria de um homicídio, mas no caminho acabou encontrando presos em fuga e decidiu, por conta própria, mudar sua pauta. A matéria, lembra Luciamem, rendeu a capa do jornal, mesmo após algumas broncas da chefia.
Entre tantas coberturas jornalísticas, ela destacou sua viagem à China, em 2001, na comitiva do então governador do Estado Olívio Dutra; uma entrevista com o assaltante Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, publicada no CP, a qual considerou sua melhor reportagem recente. Luciamem lembrou de todas com muito carinho e o esforço de fazer reconhecer seu valor dentro da redação. “Quando comecei, não tinha mulher na editoria de polícia. Precisei mostrar que eu tinha condições de entrar naquele meio”, relatou.
“Jornalista é idealizador”
Luciamem pensava que poderia mudar o mundo, contou, confessando-se um pouco  frustrada após reportar tantos problemas do dia a dia da comunidade e que muitas vezes seguem sem solução.
Hoje na chefia de redação do CP, diz que sente falta, nos principiantes, do verdadeiro gosto pelo jornalismo, pela pauta e a emoção da profissão. “Eu nasci jornalista, tenho certeza!”, revela. Com este sentimento, prossegue a oficina de jornalismo do CP até dia 12, quando será publicado um caderno especial com a produção textual dos participantes, que será distribuído na Feira do Livro.

A experiência de Lu, uma aula e tanto
Por Augusto Pinz
Fotos: Carolina Luz

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