quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Curtas de Presidente Lucena

O circo
Aqueles que acompanham meus comentários neste espaço já devem ter percebido que não sou do tipo que gosta de ver o circo pegar fogo. Igualmente, não me apraz ocupar o tempo dos outros com mesquinharias e picuinhas. Penso antes de manifestar-me e nem sempre meu pensamento pode ser manifesto.

Mau exemplo I
Nos últimos dias tem sido assunto em toda a região, a criação de cargos de assessores na Câmara de Estância Velha. A proposta tem amparo legal, mas entendo que não está entre as prioridades da esmagadora maioria da população do município.

Mau exemplo II
Diante do acontecido no município vizinho, fico pensando: “Que bom que em Presidente Lucena não é assim.” Aí, vou para uma sessão em Linha Nova Baixa, encontro lá um número significativo de moradores prestigiando a descentralização da Câmara, e nada de produtivo é mostrado pelos representantes do povo.

Picuinhas
Num município pequeno (principalmente em termos de população), contar com cerca de 60 pessoas na assistência de uma sessão da Câmara de Vereadores, é muito positivo. Daí, ficar discutindo quem deve ler a ata das reuniões ou o significado da palavra leigo é, no mínimo, preocupante.

Democracia
Eu cresci num tempo em que a democracia estava amordaçada e o Poder Legislativo era nulo. Digo isso, para que o leitor entenda que sei o quanto é importante a liberdade de expressão e sei que é primordial o papel do Legislativo (nas três esferas: municipal, estadual e federal). Ou eu estou completamente equivocado, ou o que se tem visto por ai não corresponde ao que se espera de nossos representantes legais.

Ouvir o povo
Tivessem os vereadores tratado das questões ordinárias da Câmara (votação de projetos, etc) em alguns minutos e ouvido aquelas pessoas que foram até o salão da Comunidade Católica, aí, sim, estariam sendo seus representantes. Com certeza, cada um daqueles que esteve na reunião, e os vereadores têm o privilégio de conhecê-los pelo nome, teria algo a dizer sobre a sua localidade.

Orientar o povo
Enquanto representantes legais da população, numa sã democracia, os vereadores deveriam ter subsídios para mostrar o que está sendo feito no município, o que precisa ser feito e como funciona a coisa pública. Nem sempre o que o morador A pede é prioridade; as necessidades do munícipe B podem ser muito mais urgentes. Os interesses políticos do vereador jamais poderiam estar acima da vontade e das reais necessidades do povo.

Leigo
“Leigo”, segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, no sentido figurado, é aquele que é estranho ou alheio a um assunto; desconhecedor.

Decoro
Em qualquer circunstância, na vida pública mais ainda, é necessário decoro (a sílaba forte é cô). Na minha modesta opinião, isso pode ter faltado aos que usaram a palavra na sessão em Linha Nova Baixa e, pior, falta à grande maioria dos políticos desse país.

Boas intenções
Quero crer que todos os vereadores lucenenses têm as melhores intenções e, contrariando o usual na política nacional, estejam preocupados com o bem da comunidade. Talvez falte uma melhor compreensão do papel a ser desempenhado e, dentro desse quadro, o Poder Executivo acabe não dando a devida importância aos representantes do povo.

Exemplo
Como exemplo de desatenção aos representantes do povo, podemos usar o projeto que trata dos incentivos aos produtores rurais. Esse assunto deveria ser debatido, com a devida antecedência, entre prefeito e vereadores, para que todos tivessem bem claro o que está sendo proposto e porque está sendo proposto. Depois disso, quem levasse informações distorcidas ao povo estaria faltando com a verdade.

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