Em outubro de 2007 eu escrevia no Blog do Nando um artigo com
o título: “Dia do Professor - ainda há o que comemorar?” .
Ali eu tentava chamar o leitor a uma reflexão sobre a falta de valorização e
respeito pela categoria que, muitas vezes, faz inclusive o papel de pai e mãe
das nossas crianças.
Quando escrevi aquele comentário ainda se usava “trema” (¨)
no u... Muita coisa mudou de lá para cá, mas me parece que a situação dos
professores continua a mesma, ou talvez esteja pior. Em termos salariais, se
houve avanços, foram muito poucos. Em se tratando de respeito e consideração
pela categoria a situação piora a olhos vistos. Basta ficarmos atentos aos
noticiários, é professor agredido por alunos, é professor ameaçado por pais,
etc.
Mesmo diante deste quadro de lamúria e descaso, deixo aqui o
meu abraço a todos aqueles que teimosamente insistem em seguir esse sacerdócio.
Fica também a minha esperança de que um dia voltemos a ver os educadores como
eu e meus pais víamos a d. Maria Asmuz Vallin, minha primeira professora, lá na
Escola José de Alencar, da década de 1960, em São Francisco de Paula. Naquele
tempo, a professora era vista como uma autoridade. Os pais até poderiam
questionar alguma decisão dela, as crianças, jamais. Podia até ocorrer alguns
exageros, mas no somatório dos resultados, essa autoridade era sempre positiva.